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Vírus

15 fev

Em poucas palavras:

A palavra vírus é originária do latim e significa toxina, veneno. É um microorganismo acelular e com grande capacidade de automultiplicação.

– Conceito de espécie para vírus

Dentro das classificações, a espécie é considerada o nível mais importante. Entretanto, para os vírus é mais difícil definir as espécies. Em 1991, foi aceito como definição de espécie viral o seguinte conceito: A espécie viral é definida como uma classe constituída de uma estirpe de replicação com um nicho ecológico particular. Os membros de uma espécie são definidos por mais de uma propriedade, com a vantagem da acomodação da variabilidade dos vírus, sem depender de uma única característica, enfatizando as diferenças genômicas ou estruturais, físico-químicas ou sorológicas. Ainda encontram dificuldade em denominar como espécie, subespécie, estirpe ou variante, muitos dos vírus atualmente conhecidos, restringindo-se a classificação ao nível de gênero.

– Características dos vírus

Os vírus são microorganismos e, portanto, visíveis apenas ao microscópio eletrônico. Medem de 10 a 300 nanômetros e só se reproduzem caso estejam dentro de uma célula hospedeira. É desta célula que os vírus retirarão tudo o que precisam como, por exemplo, o material genético, uma vez que estes microorganismos não possuem equipamentos necessários para metabolizar.

Se estiverem fora de células, cristalizam-se, podendo permanecer nesta forma por muito tempo. Durante esse período, os vírus não manifestam nenhuma atividade vital. Caso haja alguma célula compatível à sua disposição, um único vírus é capaz de originar, em cerca de 20 minutos, centenas de novos vírus.

A reprodução envolve dois aspectos: a duplicação do material genético viral e a síntese das proteínas do capsídio. O vírus entra na célula hospedeira, inibe o funcionamento do material genético da célula infectada e passa a comandar as sínteses protéicas.

Os vírus causam doenças em plantas e animais.São exemplos de viroses: hepatite, sarampo, caxumba, gripe, dengue, poliomielite, febre amarela, varíola, AIDS e catapora.

– Estrutura dos vírus

Capsídio Formado por proteínas, é o envoltório dos vírus.  Além de proteger o ácido nucléico viral, o capsídio tem a capacidade de se combinar quimicamente com substâncias presentes na superfície das células, o que permite ao vírus reconhecer e atacar o tipo de célula adequado a hospedá-lo. Alguns vírus podem, ainda, apresentar um envoltório lipídico, proveniente da membrana da célula onde se originaram.

Material Genético O material genético dos vírus pode ser DNA ou RNA, onde estão inscritas as informações para a produção de novos vírus. Cada espécie viral possui um único tipo de ácido nucléico: há, portanto, vírus de DNA e vírus de RNA.

O vírion A partícula viral, quando fora da célula hospedeira, é genericamente denominada vírion. É consistuida por DNA ou RNA e cercado por uma proteína (capsídeo). Cada espécie de vírus apresenta vírions de formato característico.

Nucleocapsídeo – É o nome dado a uma estrutura viral formada pela associação do capsídeo com o ácido nucléico do vírus.

Formação do envelope O envelope viral consiste numa bicamada lipídica com proteínas imersas nesta. A membrana lipídica provém da célula hospedeira, muito embora as proteínas sejam codificadas exclusivamente pelo vírus. Na formação do envelope viral, utiliza-se da própria membrana da célula e os novos vírus são expelidos da célula, prontos para infectar novas células.

– Sobre doenças infecciosas. Definição de agente etiológico, transmissão, vetor, hospedeiro. Diferença entre endemia, epidemia e pandemia.

Doenças infecciosas – é qualquer doença causada por um agente biológico (por exemplo: vírus, bactéria ou parasita) em contraste com causa física.

Agente etiológico – é a denominação dada ao agente causador de uma doença. Este causador normalmente precisa de um vetor para proliferar tal doença, ou seja, completar seu ciclo de parasitismo.

Vetor – é a denominação dada a um agente de disseminação de doenças infecto-contagiosas, ou seja, é o ser capaz de transmitir um agente infectante, de maneira ativa ou passiva.

Hospedeiro – é um organismo que abriga outro em seu interior ou o carrega sobre si. A palavra deriva do latím hospitator, significando visita, hóspede.

Hospedeiro primário é aquele onde se desenvolve a maior parte da existência do organismos infeccioso, sobretudo, seu crescimento. Hospedeiro secundário é aquele que abriga o parasita apenas em uma fase inicial de seu crescimento, quase sempre em relação à sua dispersão e para facilitar seu ingresso no hospedeiro primário.

Transmissão – ato de transmitir, de passar algo a alguém.

Endemia é uma doença infecciosa que ocorre habitualmente e com incidência significativa em dada população ou região.

Epidemia – é uma doença geralmente infecciosa, de caráter transitório, que ataca simultaneamente grande número de indivíduos em uma determinada localidade. Pode ser também surto periódico de uma doença infecciosa em dada população ou região.

Pandemia é a enfermidade epidêmica amplamente disseminada.

– Bacteriófago: ciclo lítico e lisogênico

Bacteriófago, ou fago, é o nome que se dá ao vírus capaz de infectar bactérias, e também destruí-las.

Formado por cabeça contendo ácido nucléico, cauda, e fibras caudais – todas de origem protéica – o fago adere-se à parede celular destes procariontes, com auxílio de proteínas presentes em sua cauda. Ele perfura esta região e, em seguida, injeta seu DNA, deixando sua cápsula, agora vazia, do lado de fora.

O DNA viral multiplica-se na célula hospedeira – no caso, a bactéria – provocando a síntese de proteínas virais e, consequentemente, a formação de novos fagos. Estes, após determinado tempo e com auxílio de enzimas específicas, rompem a parede bacteriana, podendo infectar outros indivíduos. Tais etapas compreendem o chamado ciclo lítico.

Pode ocorrer também, do bacteriófago se incorporar ao cromossomo da bactéria, passando a ser denominado profago. Lá, se multiplica e divide juntamente com o organismo hospedeiro, criando populações bacterianas inteiras infectadas por fagos inativos ou temperados. Este é o ciclo lisogênico. O fago inativo pode também assumir o controle metabólico da bactéria, ao se desvencilhar do cromossomo bacteriano, iniciando o ciclo lítico.

– AIDS: transmissão, sintomas, tratamento, profilaxia

A sigla AIDS significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O vírus da AIDS é conhecido como HIV e encontra-se no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus. A transmissão do HIV pode ocorrer através de objetos contaminados pelas substâncias citadas, caso haja contato direto com o sangue de uma pessoa saudável. A AIDS também pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação.

Após o contágio, a doença pode demorar até 10 anos para se manifestar. Por isso, a pessoa pode ter o HIV em seu corpo, mas ainda não ter AIDS. Ao desenvolver a síndrome, o vírus começa um processo de destruição dos glóbulos brancos – que fazem parte do sistema imunológico (de defesa) dos seres humanos. Sem eles, o doente fica desprotegido e várias doenças oportunistas podem aparecer, complicando a saúde do portador. A pessoa portadora do vírus HIV, mesmo não tendo desenvolvido a doença, pode transmiti-la.

Os primeiros sintomas da doença começam a surgir quando o sistema imunológico começa ser atacado pelo vírus de forma mais intensa. Os principais são: febre alta, diarréia constante, crescimento dos gânglios linfáticos, perda de peso e erupções na pele. Quando a resistência começa a cair ainda mais, várias doenças oportunistas começam a aparecer. Caso não tratadas de forma rápida e correta, estas doenças podem levar o soropositivo a morte rapidamente.

Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a AIDS. O que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa soropositiva. Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT (zidovudina) que é um bloqueador de transcriptase reversa. A principal função do AZT é impedir a reprodução do vírus ainda em sua fase inicial.

Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra a AIDS Porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de tais vacinas.

Um antigo ditado popular diz: “Melhor prevenir do que remediar”.  Seguindo esse ditado, a prevenção da síndrome é feita evitando-se todas as formas de contágio. Com relação a transmissão via contato sexual, a maneira mais indicada é a utilização correta de preservativos durante as relações sexuais. Para outros modos de transmissão, a utilização de agulhas e seringas descartáveis em todos os procedimentos médicos é necessário. Instrumentos cortantes que entram em contato com o sangue devem ser esterilizados de forma correta antes do seu uso. Nas transfusões de sangue, deve haver um rigoroso sistema de testes para detectar a presença do HIV para que este não passe de uma pessoa contaminada para uma saudável.

 

Você sabia?

Em 1º de dezembro, comemora-se o dia mundial da luta contra a AIDS.

Dengue: transmissão, sintomas, tratamento, profilaxia

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida, no Brasil, através do mosquito Aedes aegypti. Este é um mosquito que se encontra ativo e pica durante o dia.  Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo.

Vírus da Dengue


Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2, 3 e 4.

Portanto, a dengue pode se apresentar, clinicamente, de quatro formas diferentes formas:

  • Infecção Inaparente- quando a pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma da dengue.
  • Dengue Clássica- é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas que podem durar até uma semana.
  • Dengue Hemorrágica- é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o 3º ou 4º dia de evolução da doença, surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.  Assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
  • Síndrome de Choque da Dengue– esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural. Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus (ambos da família dos pernilongos) infectados com o vírus transmissor da doença.

Nos seres humanos, o vírus permanece em incubação durante um período que pode durar de 3 a 15 dias. Só após esta etapa, é que os sintomas da dengue podem ser percebidos.

É importante destacar que não há transmissão através do contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia. O vírus também não é transmitido através da água ou alimento.

tratamento da dengue requer bastante repouso e a ingestão de muito líquido. No tratamento, também são usados medicamentos anti-térmicos recomendados por um médico. É importante destacar que a pessoa com dengue NÃO pode tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin. Como eles têm um efeito anticoagulante, podem promover sangramentos.

Ciclo da dengue. Se ligue!

Em caso de suspeita de dengue, procure a ajuda de médico. Este profissional irá orientá-lo a tomar as providências necessárias do seu caso.

prevenção mais eficaz é acabar com o mosquito transmissor, não deixando água parada.

A prevenção é sempre melhor. Não deixe água parada!

 

 

  • Conscientize-se: